segunda-feira, 2 de julho de 2012

Olê Marques, Olê Marques...


Há várias formas de se tornar um ídolo. 

Se você pedir a um atleticano uma lista dos maiores jogadores de todos os tempos, dificilmente te diria: Pelé, Maradona, Marques... Poderia até incluir Reinaldo (considerado por muitos que o viram jogar um dos melhores), mas não Marques.

A torcida atleticana não acredita que Marques foi um dos maiores jogadores do mundo, mas, assim como o Rei, o tem como ídolo. Por quê?

Marques chegou ao Galo em 1997 e tinha como características a velocidade, o drible e a fama de garçom. Foi responsável direto por Valdir Bigode (97-98) e Guilherme (99-2002) tornarem-se artilheiros do Galo.

Marques ajudou o Galo a conquistar seu último título internacional, a Copa Conmebol de 1997.

Na campanha do Brasileiro de 1999, quando o Galo esteve bem perto de reconquistar o título nacional, era ele o principal jogador.

Na última participação do time na Libertadores (e lá se vão 12 anos), ele estava lá.

Na campanha de 2001, uma das mais regulares e que terminou num dilúvio em São Caetano, também.

E Marques também esteve nos momentos difíceis, nas crises financeiras, teve seu salário reduzido e continuou, na fatídica campanha de 2005 também estava junto.

Voltou em 2008 (ano do centenário atleticano), já no fim da carreira, sofrendo com seguidas contusões, mas ajudando com sua técnica apurada quando estava em campo.

Na final do mineiro de 2010, entrou nos minutos finais, com o título já assegurado, mas a Massa queria comemorar com ele e o sentimento era recíproco. Recebeu um passe açucarado e fez o gol da sua consagração. Com a camisa asteada como uma bandeira foi saldar e ser saldado pela torcida extasiada. Na minha memória (e aposto que na de muitos atleticanos) aquela é a cena da despedida do nosso ídolo dos gramados e do velho Mineirão.

Entre idas e vindas, Marques vestiu (e honrou) a camisa atleticana por 8 anos. Foram 386 partidas e 133 gols. É o 9º maior artilheiro da história do clube, mesmo este não sendo seu principal fundamento.

Marques sempre foi funcionário padrão, jogador exemplar, modelo. Por sua identificação e respeito para com o clube e sua torcida, é reconhecido e venerado. Somente por tudo isto é que Marques é ídolo do Galo.

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